“Ser mulher na UFC é lutar para ocupar um espaço que só é nosso há bem pouco tempo”, afirma Lola Aronovich. Doutora em Literatura em Língua Inglesa, a professora – identificada com a causa feminista, referência no País – é uma das 892 mulheres que compõem o quadro geral de docentes da Universidade Federal do Ceará e que, após percorrerem um caminho por vezes mais difícil para chegar aonde desejam, mantêm abertas as portas para a representatividade feminina na carreira acadêmica.
Os obstáculos não são poucos. Historicamente, a conquista de espaço na ciência e no ensino universitário esteve mais acessível ao gênero masculino. O preconceito, a diferença no tratamento e a disparidade salarial são apenas alguns dos fatores que tornam mais árdua a trajetória feminina. A vontade de mudar esse cenário, porém, persiste. “Conseguir mais espaço no tripé da Universidade significa trabalhar para efetivamente mudar a condição das mulheres na sociedade”, acredita Lola.
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INTERIOR – No Campus de Quixadá, a Profª Ticiana Linhares fez graduação, mestrado e doutorado na UFC, em uma área que, ainda hoje, costuma ser vista como predominantemente masculina: a Computação. Reconhecedora das dificuldades impostas pelo campo de estudo escolhido, ela entende seu papel como educadora.
“Ser mulher na Universidade é ter a oportunidade de empoderar outras garotas a lidar com os desafios de uma área quase toda formada por homens. Local ou mundialmente, a mulher é tão capaz quanto o homem de trabalhar com tecnologia e inovação”, afirma.
Fonte: Mulheres na UFC: o exercício diário de ocupar espaços e reduzir estigmas | UFC Campus Quixadá